quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Decidir sobre Decisões


Hoje me peguei em meio a uma discussão inusitada, mas com conseqüências importantes. Afinal de contas, o que determina nossas escolhas? Mais do que tornar isto um compêndio de explicações da psicologia, me limito a tratar o que apareceu na conversa.

Não gostamos de admitir isto, mas muitas de nossas escolhas não foram realmente voluntárias. Ao analisar, por que a opção A foi escolhida, em detrimento das opções B e C, você pode sempre se lembrar de um monte de argumentos, mas é engraçado como é possível entender esses próprios argumentos como aqueles que escolheram. Ora... se a opção A era a melhor (tanto que foi escolhida), que escolha eu tive? Só um louco optaria por B ou C...

Daí fiquei pensando que toda a decisão tem um histórico de vivências e percepções que a embasaram e constituíram. Você talvez tenha escolhido a opção A em decorrência de um encadeamento tão complexo de pensamentos e experiências ao longo de sua vida (que fizeram com que os argumentos favoráveis a A pudessem sensibilizá-lo mais), que você simplesmente desiste de entender o que “determinou” sua escolha e inventa que foi você quem decidiu. Pois é, inventa.

O cérebro sempre escolhe a “melhor” opção. Você consegue pensar em alguma decisão em que tenha voluntariamente escolhido a pior opção? O que é melhor ou pior varia enormemente, de acordo com a percepção e interesses de cada um. Isto prova apenas que alguma coisa que não estava em seu controle definiu a escolha.

Se por um lado, este pensamento parece aterrorizante, pois nos tira do “controle” sobre nossos destinos, por outro, consigo vislumbrar algo de libertador nesse pensamento. Se não somos mesmo tão capazes de controlar nossas escolhas – mas apenas decidir, com base em experiências e percepções apenas vagamente sob nosso controle, tampouco poderíamos nos arrepender ou nos responsabilizar por decisões erradas tomadas, não é?

Viver seria mesmo próximo do que os budistas propõem: “surfar” o presente, sem passado, sem futuro, sem o pensamento arrogante da identidade. Nossas decisões importantes na vida seriam tomadas em seu momento histórico pertinente, quando amadurecem e podem enfim ser "decididas".

Como esta idéia impacta em vocês?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quanto mais eu sei mais descubro que não sei...

Muito engraçado a forma que a vida tem de ensinar algumas coisas para todos nós.
Presto serviços para uma grande Rede do Varejo de Sorocaba, que criou um projeto onde alguns operadores de caixa selecionados estão participando.
Alguns funcionários foram selecionados pelo Supervisor das Lojas e pelo RH e eles estão recebendo aulas técnicas sobre saúde e medicamentos para poderem evoluir para cargos melhores.
É um sonho antigo da empresa ascender as pessoas da Rede para cargos melhores. A intenção é que aproveitem as oportunidades que vão surgindo na própria empresa. Afinal, além de justo está também bem difícil achar no mercado pessoas prontas para assumirem as posições em aberto.
Assim sendo todos animados começaram a participar das aulas e a estudarem. No primeiro dia perguntamos se eles estavam prontos para ascenderem profissionalmente e eles prontamente ergueram a mão e disseram siiiim!!!!!
Quando a dificuldade começou e eles passaram a enxergar tudo que precisam estudar e aprender e a situação mudou um pouco...
E hoje a mesma pergunta foi feita a eles: -Quem está pronto?????????????? Ninguém ergueu a mão.
Acho que a ficha caiu para a turminha....mas não estão desanimados... Estão apenas com o pé no chão!
A velha máxima foi sentida hoje: quanto mais sei, mais sei que nada sei...
Não sei quem é o filósofo que disse isso... mas é uma grande sacada. Acho que vou dar uma passada no google...
Bjs a todos...
Alessandra

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Aula de Geometria

(fonte: Henrique Cruz - O pensador selvagem)

Pesquisando pela internet, procurei por outras definições para os dois pontos de nosso nome. Descobri que na geometria Euclidiana existem três elementos básicos: o ponto, a reta e o ângulo. A meu ver, esta é uma analogia muito interessante com o que queremos fazer neste blog de apenas dois pontos:

"O ponto geométrico não tem dimensões, é adimensional, não existindo isoladamente. O seu conceito é axiomático já que não pode ser demonstrado." (Cruz, H).
- Também aqui não queremos comprovar nada, mas lançar idéias no ar. As vezes essas idéias serão adimensionais. As vezes não existirão a não ser como axiomas.

"A linha reta é a mais curta distância entre dois pontos." (Cruz, H).
- De fato, por mais distantes que nossas idéias venham a ser, nossos dois pontos definirão uma linha - trajeto que encurta distâncias e que definem uma reta. Ora, uma reta tem infinitos pontos! Esses são representados aqui pelos muitos pontos de vista que esperamos capturar nas opiniões dos leitores do blog.

"No mesmo plano, duas ou mais linhas retas são paralelas se não se encontram por mais que se prolonguem." (Cruz, H).
- Nosso "plano" é construir conteúdo único, legítimo e sincero - nossa linha de discussão será única, perpassada por todas as demais retas do plano em todos os seus infinitos pontos. Nosso blog reflete nossas experiências, e estas fazem parte do mesmo plano que é SER HUMANO. Nossa reta, no entanto, é unica, definida por APENAS DOIS PONTOS.

"O ângulo é uma rotação que vai desde zero até a uma volta completa." (Cruz, H)
- Diferentes pontos de vista serão aceitos aqui. Ângulos de visão diferentes dos nossos serão todos levados em consideração. No entanto, nenhum ângulo é melhor que o outro. Não há respostas certas... nem erradas.

E um comentário final: dividir um blog com uma mulher? Claro! Sem preconceitos também! As mulheres são maravilhosas mesmo quando não querem... rsrsrs.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O início de tudo

Pensamos muito sobre o nome de nosso blog. Não tinha percebido no início da história o quanto era importante o nome do blog.
O Fábio e eu pensamos em muitos... sempre com o objetivo claro de falar de assuntos diversos e de liberdade. Não queríamos nada muito técnico.
Fui lá no " pai dos burros" e descobri que:
Segundo o dicionário Houaiss, dois-pontos é um substantivo masculino (arghhhhh) de dois números.
Brincadeirinha...sem preconceito! Os homens são maravilhosos, quando querem...
Puxa, escolhemos um nome masculino para o blog...Não se preocupem mulheres.
Da minha parte vou procurar usar os dois pontos direitinho... para preceder uma fala direta, fazer esclarecimentos ou sintetizar o que foi dito...
Vamos sempre ter oportunidade com Apenas Dois Pontos de comentar os dois lados de uma questão. Estaremos observando o modo feminino e masculino de ver os acontecimentos e os sentimentos no cotidiano.
Posições diferentes, antagônicas às vezes, conflitantes... mas sempre verdadeiras.
Duas formas de ver as coisas. Assuntos diferentes.
Duas pessoas vivendo momentos diferentes de suas vidas.
Com interesses em comum evidentes: o gosto pela escrita, a psicologia, o trabalho e nossas famílias.
Espero que gostem! Bjs