quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Conflito de Gerações Pode Ser Resolvido

Existe conflito de gerações dentro das empresas? A pergunta parece ter resposta óbvia, diante de tantos relatos de dificuldades de comunicação e sinergia entre jovens ambiciosos e antenados tecnologicamente e seus gerentes, empossados por suas experiências, comprometimento e dedicação.

Tenho lido muita coisa sobre as chamadas “gerações”. Fala-se em veteranos (nascidos antes de 40, mas ainda trabalhando), Baby Bommers (nascidos entre 40 e 60), Geração X (da qual faço parte, de 60 a 80) e Geração Y, ou geração Internet (a partir de 80). As datas limites variam de autor para autor, bem como as nomenclaturas. No entanto, creio que esta divisão está prestando um desserviço a nosso esforço por maior sinergia.

Claramente, há dificuldades de relacionamento entre as gerações. Em família, faz parte de nosso desenvolvimento questionar os pais durante a juventude e construir nossa identidade. Estas diferenças são potencializadas com linguagens e hábitos que diferem num mundo em constante mudança, cada vez mais rápidas em função do avanço tecnológico.

É natural imaginar que no convívio entre diferentes idades haja dificuldades ao trabalhar. Mas seria possível fazer essa categorização entre gerações? Mais que isso, dá pra julgar uma geração com base nos preceitos da anterior?

No caso da categoria em que me encaixo, geração X, o batismo é pejorativo. A geração anterior, orgulhosa de seus avanços no desafio aos costumes de seus pais (os incríveis anos 60, com ganhos às mulheres e crianças, mas com guerras e crescente consumismo que contrapôs progresso e ecologia), sugeria que a geração seguinte não disse “a que veio” por parecer paralisada, sendo portanto uma incógnita – o famoso X da matemática. Não cabe aqui ficar defendendo uma geração ou outra, mas apenas lembro que o ser histórico nunca é responsável exclusivo por evoluções e revoluções sociais. Cada momento cria as bases para novas mudanças, por caminhos complexos e difíceis de entender.

Se avançarmos mais nesta idéia, percebe-se que a linha tênue entre gerações vai ficando invisível, à medida em que nos aproximamos dela. Não dá para comparar os nascidos entre 40 e 60, nem os de 60 com 80. A cada ano, as gerações vão mudando, não segundo a década de nascimento, mas segundo o mundo que encontram. Sendo assim, a divisão entre gerações me parece agora um arredondamento sem precisão ou propósito. O esforço por se fazer tal divisão artificial permitiria entender como o conflito entre gerações ocorre, mas na verdade só reforça clichês sobre o comportamento de cada geração, afastando-as.

Como proposta alternativa e bem mais útil, proponho que se imagine as pessoas não como gerações, mas segundo suas faixas etárias individuais e momento de vida. Assim, na evolução profissional, teremos momentos como o início da carreira, em que nossas motivações pessoais não têm tão longo prazo, mas temos grande flexibilidade e disponibilidade para construir as bases para nossa interpretação do contexto. Após um tempo, algumas verdades se estabelecerão, permitindo segurança e decisões mais rápidas, mas em contrapartida, alguma rigidez acompanhará cada decisão, tornando difícil o passo atrás.

A cada momento individual há objetivos distintos e um grau maior ou menor de certezas, seguranças e flexibilidade. Compreender o momento dos membros da equipe, empatizando com o momento que já vivemos ou em breve vamos experimentar, pode ser a chave para o convívio entre as gerações. Com isto, talvez possamos estabelecer uma base de comunicação mais aberta e menos entrincheirada. Vale a sugestão?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O fim do GeoCities

Segundo a folha online, o Yahoo! Encerrou as atividades do Geocities.

Para quem não conhecia, foi um dos primeiros “lugares” na internet em que podíamos ter uma presença. Hospedagem gratuita, com orientações e um senso de comunidade (cities).

Por algum tempo, trabalhei nos intervalos da faculdade, me esforçando para navegar com meu modem de 14.400 kbps. Por ele, acessava o Mandic BBS , e por uma porta, acessávamos com o Netscape Navigator a fantástica internet. Na época, era uma promessa. Páginas com fundo cinza e texto em preto, poucas fotos.

Aprendi um pouco de HTML, utilizando um editor chamado HotDog. Com ele, fiz uma “casa” em uma das comunidades do Geocities, a “Rainforest”. Meu endereço era http://www.geocities.com/rainforest/9082. Tive contato com os colegas de 9081 e 9083, a quem tratava por vizinhos. Meu site era sobre a possibilidade de se criar minhocas, e a importância desse bichinho para a reciclagem doméstica. Eu escrevia sem conhecimento de causa, apenas baseado no que lia e outros vizinhos. Fazia uma espécie de monografia eletrônica sobre o tema.

Fiquei saudoso com a noticia do fim do Geocities. É como se um pedaço da minha história pessoal fosse apagada, esquecida. As ferramentas de web 2.0 de hoje (como este blog) são bem mais intuitivas e nunca mais precisei ler sobre HTML em minha vida. No entanto, à medida em que a Internet ficou mais acessível, trouxe mais gente, e fez com que perdêssemos aquele sentido de pequena aldeia. Agora todos são anônimos. Há mais de 1 bilhão de blogs, incontáveis páginas. A cidadezinha se tornou metrópole.

Fica minha homenagem e um saudoso adeus ao GeoCities. Também mando meu abraço para os antigos assinantes do Mandic BBS, onde aprendi a gostar de internet e computador, e percebi que o mais bacana desta fantástica ferramenta é a possibilidade de trocar experiências e travar conhecimento com outros seres humanos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

As palavras...

Hoje as palavras ficaram embaralhadas em minha mente. Queria dizer tantas coisas e simplesmente não sabia por onde começar.
Resolvi deixar um pouco de lado a minha busca por algo muito sério e imediatamente as palavras dançaram na minha mente...


"As palavras nos embalam ... Elas constroem meu mundo... Posso ser tudo ou posso ser nada...
Tudo pode acontecer, sem que se necessite de permissão ou aprovação...
Não precisamos de bens para pensar, o pensamento vem, em forma de palavras, e tem valor o valor que pensa ter.
Sou fruto dos meus pensamentos, e para se realizarem preciso das ações.
Jogo palavras ao vento e sou empurraaaaaada para frente,
Sem que muitas vezes tenha certeza se quero assim.
As palavras me alimentam, me preenchem, me levam para lugares quaisquer que eu queira.
O que sentimos muitas vezes é tão inexplicável que muitas vezes não temos palavras para explicar...
Ah... e quando estamos amando? Tudo se transforma, sentimentos transbordam e nessa hora as palavras ficam tão desnecessárias...
Às vezes, as palavras se enroscam na garganta e, às vezes, elas ficam na ponta da língua e não saem de jeito nenhum... Que raiva que dá...
Às vezes, elas saem tão rápido de nossas bocas que quando percebemos já é tarde demais... já falamos palavras duras demais...ou impensadas demais.
Às vezes, elas aparecem em forma de opinião alheia e alheias à nossa vontade... elas nos incomodam e nos transtornam.

As palavras nos salvam de simplesmente existir.
Através das palavras nós podemos encontrar um lugar no mundo e podemos transformá-lo.
Diga o que sente e o que quer, com todas as letras, e você vai conseguir!
Bjs Boa semana.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Blog Action Day


Dia 15/10, Blog Action Day. Infelizmente fiquei sabendo apenas hoje, mas o tema merece um post. Trata-se de uma força-tarefa entre os blogs para que todos postem sobre um determinado assunto. Este ano, o assunto é mudança climática.

Para mim, é fácil relacionar a questão da mudança climática (e em sentido mais amplo, a ecologia) com um blog de psicólogos-consultores de empresas. Vejo dois pontos de conexão.

O primeiro, mais sistêmico, diz respeito a todos os esforços das organizações para ampliar e ampliar, sem considerar fatores de médio prazo como a falta de sustentabilidade ecológica do negócio, e a impossibilidade de permanecermos como sociedade na ciranda de crescimento constante. Trata-se de um planeta com recursos finitos!

As pessoas se reproduzem menos. Nossa curva populacional irá decrescer cedo ou tarde, e vejo que por um tempo não será necessário incentivar uma retomada. É bom mesmo que sejamos menos humanos no planeta, afinal somos verdadeiras ervas daninhas! Com a redução de pessoas, mesmo com um aumento na capacidade de consumo individual, algumas estruturas que nos orgulham hoje cairão em desuso. Por exemplo, grandes freeways e viadutos, ignorados quando não pudermos mais usar carros e tivermos que nos render a transportes de massa. Aliás, será que precisaremos nos transportar tanto? Novas formas de comunicação permitirão que muitas reuniões aconteçam sem o encontro físico das pessoas. O impacto na industria de turismo de negócios e escritórios será enorme. Não adianta argumentar que pessoalmente é mais gostoso – claro que é, mas será uma questão prática. Uma condição inexorável.

O segundo aspecto que liga o climático ao mundo empresarial e as circunvizinhas expectativas humanas por realização e crescimento pessoal e econômico é a necessidade de melhorarmos nossos ambientes. O termo ambiente fica aqui utilizado de maneira bastante ampla. Ecologia (oikos – logos – estudo da casa), refere-se a todos os ambientes. Assim, falamos de ambiente ao citar o clima da empresa, do ponto de vista ambiental – que tem forte relação com a qualidade de vida. Com o clima emocional do ambiente (clima organizacional), que é desenhado pelas relações de poder ali estabelecidas. E em última instância, pelo clima interno (psicologia) dos indivíduos, seu modo de funcionamento e como podem produzir lixo e poluição em suas mentes.

Faço o convite ao leitor. Separe um tempo para pensar em todas as agressões ambientais (individuais, organizacionais, sociais) que você tem aceitado e considere substituí-las por atitudes e modos de funcionar mais adequados. Você vai ver como a cabeça fica mais leve sobre os ombros.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Juventude e Orientação de Carreira

Este final de semana, estive no II Congresso Latino americano de Orientação Profissional da ABOP e IX Simpósio Brasileiro de Orientação Vocacional & Ocupacional. Foi um evento especial, cheio de idéias e informações interessantes.

Pretendo dividir com vocês algumas das informações que desencontradamente anotei por lá. Já aviso que não serei muito preciso em relação às fontes, porque é muita informação. Vou iniciar com alguns dados sobre a juventude e sua relação com o mundo do trabalho. Em bullets:

- Em levantamento da MTV (clique aqui para ver um dos videos que eles fizeram), vi uma série de informações interessantes. Por exemplo, 50% dos jovens brasileiros vivem com apenas 1 dos pais. 8% não tem contato com o pai;

- a relação com a escola é outra coisa bem interessante. Segundo uma professora da USP, alguns disseram "escola é assim: quando tá calor a gente conversa, quando tá frio, a gente dorme"...

- há um entendimento de que a escola é meramente um passo para que a pessoa consiga um trabalho. Por sua vez, o trabalho é mero passo para que se consiga consumir. A razão fundamental das ações é o consumo? O aprender a viver e amadurecer ficou onde?

- A vontade de não crescer nunca e ficar dependente é enorme. Alguém aí pode dizer quais as vantagens de ser adulto?

- cerca de 40% dos jovens que se formam em faculdades não encontram emprego;

Vocês também se surpreenderam? Há outras informações, mas penso que merecem um post específico. Por exemplo, algumas informações sobre a chamada geração Y e seus conflitos com outras gerações no âmbito do trabalho.

Por enquanto é isso. Até mais!

domingo, 4 de outubro de 2009

Fim de semana...

Fim de semana sem grandes novidades...O sol estava brilhante e quente lá fora... A Ivete Sangalo acabou de ter seu bebê. Nasceu um menino abençoado por todos os Santos da Bahia e pela imeeeeeensa fortuna de sua mãe. Já é uma criança afortunada como poucas... Desejo boa sorte para a mamãe, marinheira de primeira viagem...
Tem também a história do Zeca Pagodinho, ele está querendo me enganar... ou se enganar? Está diminuindo o cigarro e só fuma quando bebe...hehehehehehe...que eu me lembre ele não é muito conhecido por seus padrões eclesiásticos de vida. Ele é conhecido pelo que mesmo? Ah... por beber muuuuuito e por se orgulhar disso também.

Mas vamos a papos mais edificantes que os anteriores:

“ Se você quer alegria, dê alegria aos outros. Se deseja amor aprenda a dar amor. Se procura atenção e apreço, aprenda a dar atenção e apreço. Se quer bens materiais, ajude os outros a se tornarem ricos. A maneira mais fácil de obter o que se quer é ajudar os outros a conseguirem o que querem. Se você deseja ser abençoado com todas as coisas boas da vida, aprenda a abençoar silenciosamente a todos com as coisas boas da vida."

Deepak Chopra.

Lembrem-se que toda ação tem uma reação... é assim que o Universo funciona... Tudo que desejamos deve ser aquilo que pensamos e que desejamos para o outro. Cuidem-se. beijos

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Enem já era!!!!!!!!!

Jesus...apaga a luz! O Ministério da Educação cancelou a prova tão esperada do Enem que aconteceria este fim de semana. Tanta preparação, tanto trabalho e tanta verba pública envolvida e tudo foi jogado no lixo.
Que belo exemplo para nossos jovens, que já estão tão carentes de bons exemplos!
Parece que nada funciona corretamente ou em ninguém mais se pode confiar.
Vamos olhar pelo lado bom das coisas, como sempre, e incentivar esses 4 milhões de alunos prejudicados a estudar mais...
Mas...fala sério é duro de engolir essa realidade.

E vocês o que estão achando?

Bjs a todos

Alessandra