quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Juventude e Orientação de Carreira

Este final de semana, estive no II Congresso Latino americano de Orientação Profissional da ABOP e IX Simpósio Brasileiro de Orientação Vocacional & Ocupacional. Foi um evento especial, cheio de idéias e informações interessantes.

Pretendo dividir com vocês algumas das informações que desencontradamente anotei por lá. Já aviso que não serei muito preciso em relação às fontes, porque é muita informação. Vou iniciar com alguns dados sobre a juventude e sua relação com o mundo do trabalho. Em bullets:

- Em levantamento da MTV (clique aqui para ver um dos videos que eles fizeram), vi uma série de informações interessantes. Por exemplo, 50% dos jovens brasileiros vivem com apenas 1 dos pais. 8% não tem contato com o pai;

- a relação com a escola é outra coisa bem interessante. Segundo uma professora da USP, alguns disseram "escola é assim: quando tá calor a gente conversa, quando tá frio, a gente dorme"...

- há um entendimento de que a escola é meramente um passo para que a pessoa consiga um trabalho. Por sua vez, o trabalho é mero passo para que se consiga consumir. A razão fundamental das ações é o consumo? O aprender a viver e amadurecer ficou onde?

- A vontade de não crescer nunca e ficar dependente é enorme. Alguém aí pode dizer quais as vantagens de ser adulto?

- cerca de 40% dos jovens que se formam em faculdades não encontram emprego;

Vocês também se surpreenderam? Há outras informações, mas penso que merecem um post específico. Por exemplo, algumas informações sobre a chamada geração Y e seus conflitos com outras gerações no âmbito do trabalho.

Por enquanto é isso. Até mais!

3 comentários:

  1. Já prestei serviços por um bom tempo em umas escolas. Foi um período de intenso aprendizado, onde pude ver a situação das famílias brasileiras bem de perto. Realmente verifiquei que muitas crianças não tinham o núcleo familiar completo. Existiam crianças morando com a avó (sem pai nem mãe), muitas somente com a mãe e muitas outras situações. Muito difícil de se prever como será a personalidade dessa geração vindoura... e claro que isto impacta diretamente no mercado de trabalho... Há muito o que se discutir. um abraço.

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  2. Infelizmente, vejo que todos precisam de algum motivo para estudar. Digo isso, pois acabo de terminar um MBA e sou testemunha que a grande maioria das pessoas que estavam lá não tinha o interesse em aprender. Elas queriam apenas concluir o curso para ter em seu currículo uma pós-graduação.
    Parece, então, que as pessoas sempre estudam por algum motivo que não o principal, que é aprender.
    As crianças estudam para passar de ano. Na juventude, estuda-se para entrar em uma faculdade e, depois, para sair dela. Mais tarde, para ter um diploma de pós-graduação.
    Acho então que a pergunta é bem mais ampla: será que em algum momento essas pessoas querem aprender alguma coisa que não seja condicionada?

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  3. Acho que falta muito diálogo com os jovens. Ninguém olhou em meus olhos e tentou entender quem eu era...o que queria da minha vida...o que eu sentia...Acho que descobri tudo sozinha. Segui minha intuição e hoje amo o que faço, mas podia ter dado tudo errado.

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